PAS CONTEMPORANEO, 2016
PAS ATELIER SARDEGNA
NUGHEDU SANTA VITTORIA, NUORO, SARDEGNA
Foram utilizadas 7 casas abandonadas para abrigar cerca de 16 instalações e 2 exposições de obras tridimensionais.
Os moradores do vilarejo, composto naquele ano por 467 pessoas, foram convidados a visitar as instalações espalhadas pela cidade. O evento, organizado pela organização PAS Progetto Contemporâneo, foi inaugurado com discurso do prefeito da cidade Francesco Mura. Adriana convidou músicos da cidade vizinha para tocar músicas típicas durante o percurso | Seven abandoned houses were used to place around 17 installations and 2 exhibitions of three-dimensional works. Residents of the village, made up of 467 people that year, were invited to visit the artworks around the city. The event, organized by the organization PAS Progetto Contemporâneo, opened with a speech by the mayor of the city Francesco Mura. Adriana invited musicians from the neighboring city to play typical local music along the tour.
"Il temperamento latino ed estroverso della italo brasiliana Martins l’ha sicuramente aiutata nell’avvicinare una comunità curiosa, ma poco avvezza a raccontarsi e farsi raccontare. Lei ha ascoltato e stimolato la narrazione, si è fatta guidare dal suo affetto per gli oggetti, dall’amore per i segni del tempo e la fisicità, dalla cura materna per ciò che le viene dato e dal desiderio di conoscere quanto di nuovo hanno da dirle gli oggetti e le persone che incontra.
Artista prolifica, generosa, femminile, non si risparmia nella sua produzione, qualora trovi un filone di ricerca che la stimoli e la animi. E in Sardegna l’ha trovato nell’abbandono di un paese che, in quanto a dinamiche di spopolamento, non smentisce, ma conferma ampiamente i dati preoccupanti dell’entroterra sardo.
Uno spopolamento visibile a occhio nudo, e Adriana l’ha tastato con mano, introducendosi nelle decine di case abbandonate che ha esplorato e mappato. E’ entrata dentro le ferite di Nughedu e attraverso percorsi pericolanti è andata a vedere cosa si poteva trovare nei fragili equilibri di muri scrostati e soffitti crollati."
"O temperamento latino e extrovertido da italo-brasileira Martins certamente a ajudou a aproximar-se de uma comunidade curiosa mas pouco acostumada a contar e ouvir. Ela escutou e estimulou a narração, deixando-se guiar pelo seu afeto aos objetos, pelo amor aos sinais do tempo e da fisicalidade, pela cura materna àquilo que lhe é doado e pelo desejo de conhecer tudo o que tem a lhe dizer os objetos e as pessoas que encontra.
Artista prolifica, generosa, feminina, não se poupa em sua produção, se encontra uma linha de pesquisa que a estimule e anime. E na Sardenha ela encontrou no abandono de um vilarejo que, em termos de dinâmica de despovoamento, não nega, mas confirma amplamente os dados preocupantes do interior da Sardenha. Um despovoamento visível a olho nu que Adriana sentiu com as mãos, entrando nas dezenas de casas abandonadas que explorou e mapeou. Ela entrou nas feridas de Nughedu e passou por caminhos em ruínas para ver o que poderia ser encontrado no equilíbrio frágil de paredes descascadas e tetos desmoronados."
Francesca Sassu
Cultural Manager e curadora