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ARACNE, 2015

EXPOSIÇÃO INDIVIDUAL | SOLO EXHIBITION

JB GOLDENBERG, SÃO PAULO

Adriana Affortunati Aracne detalhe  .jpg

Um olhar excessivamente formal, exclusivamente dirigido para as modalidades artísticas, reduziria o interesse de seu trabalho, circunscrevendo-o por atitudes compositivas, superficialmente pictóricas. O uso dos objetos não se reduz a uma relação nostálgica ou evasiva, cujos sentidos almejam a uma a-historicidade, sobrevivência incorpórea, diáfana. Não. Os objetos buscam reviver tragédias e dores, traumas e emoções reais, espessas e concretamente presentes. Qual categoria de objetos, afinal? Trapos, roupas rasgadas, restos, móveis e objetos decorativos incompletos, já velhos e decompostos. Objetos que guardam marcas do uso repetitivo, que denunciam um comportamento cotidiano (ou obsessivo). “Repetição” em seu trabalho deve ser entendida como revivescência. Revive-se inúmeras tragédias anônimas, identidades que se perderam definitivamente.

Renato Pera (texto completo)

Fotos | Photos: Célia Saito

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